Não existem Maria no lado escondido da Lua. Isto deve-se provavelmente ao efeito gravitacional da Terra, que fez do lado próximo da Lua a localização preferencial para as erupções vulcânicas. A maior cratera do Sistema Solar é Aitken, junto ao pólo sul lunar, com 2250 km de diâmetro e 12 km de profundidade.
Tal como na Terra, a estrutura interna da Lua não é uniforme. A crosta, de composição essencialmente basáltica, pode ter espessuras entre os cerca de 107 km, a norte da cratera Korolev, no lado escondido, até ser quase inexistente sob o Mare Crisium. Segue-se o manto que, ao contrário do da Terra, é quase completamente sólido, e o núcleo metálico, com cerca de 680 km de diâmetro.
O efeito gravitacional da Terra sobre a Lua tem outra consequência interessante: o núcleo lunar está descentrado cerca de 2 km no sentido da Terra.
Figura 4 – Paisagem obtida pela equipa Apolo 17: a última visita humana a outro planeta, 1972.
Figura 5 – O limbo lunar e o Sol. O halo brilhante que se observa é a luz solar reflectida, mas a iluminação da superfície lunar é a luz cendrada, reflectida da Terra. NASA.
Figura 6 – A Terra e a Lua, em verdadeira grandeza. Imagem Pioneer.
Figura 7 – O lado visível da Lua. NASA.
Figura 8 – O lado oculto da Lua, nos infravermelhos. NASA.